Os Anambé perderam a maioria dos elementos culturais indígenas externos e seu modo de vida se assemelha ao dos sertanejos da região. Suas habitações são do tipo regional, com cobertura de palha ou de cavacos. Salvo pequenos cestos de carga, abanos, peneiras de trançado em espiral, fusos, pilões, ubás, arcos e flechas, todo o equipamento utilizado pelos Anambé é adquirido no comércio. Há umas quatro gerações fazem casamentos interétnicos com os regionais e os cônjuges não-índios e os filhos dessas uniões se integram à vida na aldeia. Nos anos 80, um antigo líder, talvez o único conhecedor das antigas tradições e dos cânticos indígenas tinha uma posição de prestígio, mas a liderança era exercida por um jovem com experiência na vida urbana, escolhido por ter maiores facilidades no trato com os regionais.
Os Anambé contaram a Napoleão Figueiredo que nos anos 40 foram levados até Belém e lá batizados, tendo como padrinho de todos eles o então governador Barata. A partir dos anos 60 passaram a batizar os filhos em Mocajuba, cidade para a qual se deslocam na festa da padroeira. Também mantêm contato com os pentecostais da Vila Erlim, próxima da aldeia. Sua mitologia sofreu influência tanto católica como evangélica e a figura do pajé já desapareceu faz muito tempo.