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domingo, 26 de junho de 2011


 

Uma balsa do Grupo Reicon sairá de Belém amanhã (21), com destino a Vitória do Xingu, levando a bordo cerca de 40 máquinas que serão utilizadas na preparação do canteiro de obras da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu. O carregamento, o primeiro de uma longa série, deve chegar ao destino no final da semana, mas as obras só serão iniciadas quando o Consórcio Construtor Belo Monte, constituído de dez grandes empresas, receber a ordem de serviço da empresa Norte Energia S.A. (Nesa), vencedora da licitação e responsável pelo projeto.
Contratado pela Nesa, o Consórcio Construtor Belo Monte reúne as dez maiores construtoras brasileiras. Além da Andrade Gutierrez (líder da obra), integram o grupo Camargo Corrêa, Norberto Odebrecht, OAS, Queiróz Galvão, Contern, Galvão Engenharia, Serveng, Cetenco e J.Malucelli. Até o final deste ano, elas deverão mobilizar, no canteiro do Xingu, cerca de três mil trabalhadores.
O diretor administrativo do Consórcio, Marcos Sordi, previu ontem que no pique das obras, que ocorrerá por volta de julho a agosto de 2013, um contingente de 18 a 20 mil trabalhadores estará atuando na construção do complexo hidrelétrico de Belo Monte. Acrescentou que, se tudo correr bem “e as chuvas permitirem”, a primeira turbina entrará em operação em 2015. Ela será a terceira maior hidrelétrica do mundo, com capacidade de produção para 11.233 megawatts.
O Grupo Sotreq (Sociedade de Tratores e Equipamentos Ltda), revendedor Caterpillar, será o fornecedor de todo o maquinário pesado a ser utilizado na construção de Belo Monte. O gerente regional da empresa, Ribamar Nóbrega, calcula que serão ao todo cerca de 800 máquinas, entre tratores, carregadeiras, escavadeiras, caminhões-fora-de-estrada e outras. A previsão é de que a metade desses equipamentos venha a chegar a Belo Monte ainda este ano. A outra metade só será entregue no ano que vem.
Ribamar Nóbrega informou ainda que as máquinas sairão do porto da Reicon, em Belém, e deverão fazer, em aproximadamente três dias, a viagem até o porto da empresa em Vitória do Xingu. De lá, em carretas, elas seguirão até o local da obra, cobrindo por estrada trajetos que chegarão a no máximo 80 quilômetros.
MÁQUINAS PARA USINA DE BELO MONTE
Cerca de 40 máquinas que serão utilizadas na preparação do canteiro de obras da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, seguem viagem amanhã para o canteiro de obras.  (Diário do Pará)



Máquinas seguirão viagem de balsa e serão utilizadas na preparação do canteiro de obras da
hidrelétrica de Belo Monte

 


A ORIGEM DOS POVOS AMERICANOS PARTE 1
Os habitantes do continente americano descendem de populações advindas da Ásia, sendo que os vestígios mais antigos de sua presença na América, obtidos por meio de estudos arqueológicos, datam de 11 a 12,5 mil anos. Todavia, ainda não se chegou a um consenso acerca do período em que teria havido a primeira leva migratória.
Os povos indígenas que hoje vivem na América do Sul são originários de povos caçadores que aqui se instalaram, vindo da América do Norte através do istmo do Panamá, e que ocuparam virtualmente toda a extensão do continente há milhares de anos. De lá para cá, estas populações desenvolveram diferentes modos de uso e manejo dos recursos naturais e formas de organização social distintas entre si.
Não existe consenso também, entre os arqueólogos, sobre a antigüidade da ocupação humana na América do Sul. Até há alguns anos, o ponto de vista mais aceito sobre este assunto era o de que os primeiros habitantes do continente sul-americano teriam chegado há pouco mais de 11 mil anos.
No Brasil, a presença humana está documentada no período situado entre 11 e 12 mil anos atrás. Mas novas evidências têm sido encontradas na Bahia e no Piauí que comprovariam ser mais antiga esta ocupação, com o que muitos arqueólogos não concordam. Assim, há uma tendência cada vez maior de os pesquisadores reverem essas datas, já que pesquisas recentes vêm indicando datações muito mais antigas


HÁ 500 ANOS
Há cinco séculos, os portugueses chegaram ao litoral brasileiro, dando início a um processo de migração que se estenderia até o início do século XX, e paulatinamente foram estabelecendo-se nas terras que eram ocupadas pelos povos indígenas.
O processo de colonização levou à extinção muitas sociedades indígenas que viviam no território dominado, seja pela ação das armas, seja em decorrência do contágio por doenças trazidas dos países distantes, ou, ainda, pela aplicação de políticas visando à "assimilação" dos índios à nova sociedade implantada, com forte influência européia.
Embora não se saiba exatamente quantas sociedades indígenas existiam no Brasil à época da chegada dos europeus, há estimativas sobre o número de habitantes nativos naquele tempo, que variam de 1 a 10 milhões de indivíduos.
Números que servem para dar uma idéia da imensa quantidade de pessoas e sociedades indígenas inteiras exterminadas ao longo desses 500 anos, como resultado de um processo de colonização baseado no uso da força, por meio das guerras e da política de assimilação. 

A chegada dos europeus no Brasil
O impacto da conquista européia sobre as populações nativas das Américas foi imenso e não existem números precisos sobre a população existente à época da chegada dos europeus, apenas estimativas. As referentes à população indígena do território brasileiro em 1500 variam entre 1 e 10 milhões de habitantes.
Estima-se que só na bacia amazônica existissem 5.600.000 habitantes. Também em termos estimativos, os lingüistas têm aceito que cerca de 1.300 línguas diferentes eram faladas pelas muitas sociedades indígenas então existentes no território que corresponde aos atuais limites do Brasil.
Dezenas de milhares de pessoas morreram em conseqüência do contato direto e indireto com os europeus e as doenças por eles trazidas. Doenças hoje banais, como gripe, sarampo e coqueluche, e outras mais graves, como tuberculose e varíola, vitimaram, muitas vezes, sociedades indígenas inteiras, por não terem os índios imunidade natural a estes males.
Em face da ruptura demográfica e social promovida pela conquista européia, foi sugerido que os padrões de organização social e de manejo dos recursos naturais das populações indígenas que atualmente vivem no território brasileiro não seriam representativos dos padrões das sociedades pré-coloniais.
Esse é um ponto controvertido entre os pesquisadores, pois ainda não há dados suficientes advindos de pesquisas arqueológicas, bioantropológicas e de história indígena enfocando o impacto do contato europeu sobre as populações nativas para que se possa fazer tal afirmativa.
O atual estado de preservação das culturas e línguas indígenas é conseqüência direta da história do contato das diferentes sociedades indígenas com os europeus que dominaram o território brasileiro desde 1500. Os primeiros contatos se deram no litoral e só aos poucos houve um movimento de interiorização por parte dos europeus. 



O deslocamento da população
Quando se observa o mapa da distribuição das populações indígenas no território brasileiro de hoje, podem-se ver claramente os reflexos do movimento de expansão político-econômica ocorrido historicamente.
Os povos que habitavam a costa leste, na maioria falantes de línguas do Tronco Tupi, foram dizimados, dominados ou refugiaram-se nas terras interioranas para evitar o contato.
Hoje, somente os Fulniô (de Pernambuco), os Maxakali (de Minas Gerais) e os Xokleng (de Santa Catarina) conservam suas línguas. Curiosamente, suas línguas não são Tupi, mas pertencentes a três famílias diferentes ligadas ao Tronco Macro-Jê.
Os Guarani, que vivem em diversos estados do Sul e Sudeste brasileiro e que também conservam a sua língua, migraram do Oeste em direção ao litoral em anos relativamente recentes.
As demais sociedades indígenas que vivem no Nordeste e Sudeste do País perderam suas línguas e só falam o português, mantendo apenas, em alguns casos, palavras esparsas, utilizadas em rituais e outras expressões culturais.
A maior parte das sociedades indígenas que conseguiram preservar suas línguas vive, atualmente, no Norte, Centro-Oeste e Sul do Brasil. Nas outras regiões, elas foram sendo expulsas à medida em que a urbanização avançava. 

O ÍNDIO HOJE
Hoje, no Brasil, vivem cerca de 460 mil índios, distribuídos entre 225 sociedades indígenas, que perfazem cerca de 0,25% da população brasileira. Cabe esclarecer que este dado populacional considera tão-somente aqueles indígenas que vivem em aldeias, havendo estimativas de que, além destes, há entre 100 e 190 mil vivendo fora das terras indígenas, inclusive em áreas urbanas. Há também 63 referências de índios ainda não-contatados, além de existirem grupos que estão requerendo o reconhecimento de sua condição indígena junto ao órgão federal indigenista. 






A Secretaria Especial de Saúde Indígena – SESAI – área do Ministério da Saúde criada para 
coordenar e executar o processo de gestão do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena em todo Território Nacional. A Sesai tem como missão principal  a proteção, a promoção e a recuperação da saúde dos povos indígenas e exercer a gestão de saúde indígena, bem como orientar o desenvolvimento das ações de atenção integral à saúde indígena e de educação em saúde segundo as peculiaridades, o perfil epidemiológico e a condição sanitária de cada Distrito Sanitário Especial Indígena - DSEI, em consonância com as políticas e programas do Sistema Único de Saúde – SUS.




Cabe a Sesai coordenar e avaliar as ações de atenção à saúde no âmbito do Subsistema de Saúde Indígena; promoção, articulação e a integração com os setores governamentais e não governamentais que possuam interface com a atenção à saúde indígena.  É responsabilidade da Secretaria também identificar, organizar e disseminar conhecimentos referentes à saúde indígena e estabelecer diretrizes e critérios para o planejamento, execução, monitoramento e avaliação das ações de saneamento ambiental e de edificações nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas.

Em relação ao controle social e responsabilidade da Sesai a promoção, o fortalecimento e apoio o exercício pleno do controle social no Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, por meio de suas unidades organizacionais.

Em sua estrutura administrativa a Secretaria conta com dois Departamentos: Departamento de Gestão da Saúde Indígena e Departamento de Atenção à Saúde Indígena.