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domingo, 10 de julho de 2011

História do povo   Aikanã

Segundo informações dadas pelos prFoto: Vincent Carelli/ISA, 1981

Ao serem removidos para a atual Terra Indígena, foram levados com eles dois outros povos, ambos de número bastante reduzido, os Koazá (também grafado Kwaza), então conhecidos como Arara, e os Latundê. Vale ressaltar que estes eram povos diferentes, cada um trazendo sua cultura e falando sua própria língua. Em histórias de seus antepassados, os Aikanã descrevem os Koazá como ferozes guerreiros, perigosos feiticeiros e seus inimigos ferrenhos.óprios Aikanã, até à época de sua transferência, eles habitavam ricas terras nas proximidades do Tanaru, um dos rios menores da região, a oeste do Rio Pimenta Bueno.
Segundo o antropólogo e pesquisador Price (1981), em 1940 o Serviço de Proteção aos Índios abriu um posto de atendimento em Igarapé Cascata, um afluente do Pimenta Bueno, e para lá foram levados vários grupos indígenas, dentre eles os Aikanã. Aí, então, sarampo e fortes gripes causaram a morte de um grande número de indivíduos, deixando esses grupos sensivelmente reduzidos. Tais fatos são confirmados pelos Aikanã mais antigos.
Ao que parece, os primeiros contatos mais estreitos de que se tem notícia entre os Aikanã e a população não indígena foram no início dos anos 1940, por meio do engenheiro geólogo Vitor Dequech, a quem tive a oportunidade de conhecer na década de 1990. Com uma equipe preparada para pesquisa de minérios enviada pelo General Rondon, entre 1941 e 1943, Dequech comandou a Expedição Urucumacuan, que percorreu a região em busca de possíveis jazidas de ouro no rio Pimenta Bueno e seus afluentes. Naquele período, manteve freqüentes contatos com os índios da região, inclusive os Aikanã – por ele referidos como “Massacá”, e documentou, com detalhes, todos os contatos e atividades que desenvolveu durante sua viagem. Este contato está registrado em antigos números do Jornal Alto Madeira, publicado naqueles anos em Porto Velho.

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